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O Mapeamento das Bandas de Rock de Garagem de Belo Horizonte é uma iniciativa inédita, tornando-se por este motivo, o primeiro mapeamento desta natureza já realizado sobre o contexto da cultura musical do rock difundida no território da cidade.
A importância desta proposta se dá no sentido de gerar um registro inédito e fundamental para a memória histórica das bandas e artistas que são invisibilizados pelos grandes circuitos comerciais da música. Além disso, o Mapeamento cumpre uma lacuna de pesquisas e outros documentos voltados para a construção de uma história comum do rock na cidade. O cadastramento de sua banda nessa história é totalmente gratuito, por meio de um instrumento colaborativo feito junto da população que faz e vive essa cultura em BH.
Ao todo 175 formulários foram inscritos e validados, com nível de preenchimento necessário para traduzir as características diversas sobre cada uma das 164 Bandas e dos 11 Artistas solo do rock de garagem que participaram do Mapeamento tais como regional de referência, bairro, número de integrantes, estilo, se faz trabalho autoral ou cover/tributo, entre muitas outras informações.
Sua banda não está no mapeamento?
METODOLOGIA
Para permitir um melhor alcance e consistência dos dados levantados, foram utilizadas, na construção do instrumento de pesquisa adotado, o “Formulário de Inscrição no Mapeamento” - via Google Forms - variáveis diversas, tais como as nominais, as numéricas, alfanuméricas, textuais, de data, entre outras sugeridas nas pesquisas sociais.
Para promover o acesso amplo e ilimitado ao Mapa, por parte da população em geral interessada, além de pesquisadores e estudiosos da cultura, o Mapa foi elaborado a partir de uma base de dados em linhas e colunas para ser hospedado em plataforma digital de livre acesso público, trazendo com um layout simples e didático. Sendo que todo o conteúdo apresentado no Mapa foi baseado nas bandas de rock de Belo Horizonte que por livre e expontânea vontade responderam o Formulário Digital - de forma gratuita.
RESULTADOS
De um modo geral, observamos que há predominância de bandas e artistas residentes na Regional Centro Sul, 40 bandas e/ou artistas solo, 22,9% dos formulários preenchidos. Na sequência aparecem as regionais Oeste com 13,7%, a Pampulha com 13,7%, seguindo até as regionais com menor participação no mapeamento, Nordeste com 4,6%, e Norte com 2,9%.
Destaca-se também a importância das bandas e/ou artistas residentes em municípios metropolitanos que, apesar disso, vivem e participam da construção da cena cultural da música em Belo Horizonte. Algo que empiricamente faz parte da vida na metrópole, que são as pessoas que buscam aluguéis e imóveis com melhor preço fora da capital, residindo nas fronteiras conturbadas da RMBH.
Desta forma, é importante ressaltar que todas as informações constantes aqui expressam as respostas autopreenchidas e declaradas por cada pessoa representante de alguma banda ou artista solo que realizou inscrição entre o período de Abril até Agosto de 2022. Ou seja, o presente Mapeamento não contempla a realidade como um todo do universo investigado, é apenas um retrato inicial de um contexto muito maior e mais abrangente.
Essa limitação se dá por diversos motivos, primeiramente destaca-se a ausência de uma tradição de levantamento deste tipo de dados, que implica tanto num distanciamento do público alvo em relação à iniciativa, e assim, presume-se que muitas bandas e artistas do rock de garagem não acessaram o mapeamento, apesar da ampla divulgação realizada de forma permanente, com impulsionamentos o que ajudou a romper essas barreiras e levar o Mapeamento a uma maior participação possível de respondentes.
Enfim, a importância da presente iniciativa, pioneira na história da música na cidade, é de fundamental importância para o refinamento das políticas públicas culturais no campo da música. Pois, embora as limitações mencionadas, o mapeamento em si representa um grande avanço na construção de conhecimento e registro de memória da história do rock de garagem em Belo Horizonte.
Com um nível de preenchimento muito satisfatório, o presente documento consegue expressar um retrato das tendências do rock, numa perspectiva intra-regional, ou seja, abarcando todas as nove regiões, o que gera um quadro relevante para a compreensão da cena musical belorizontina. Além de servir de impulso para estimular novas iniciativas dessa natureza, pesquisas e novos estudos sobre o tema.
Responsável pela coleta e manipulação dos dados - Drª Azula Marina
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